Dilma Roussef – Brasil – e Ângela Merkel – Alemanha –
inauguraram juntas uma feira de tecnologia na Alemanha, mergulhando dentro de
água um tablet Fujitsu para provar a resistência do aparelho à água. A marca –
Jujitsu – é japonesa.
Vamos, então, a contas: uma brasileira e uma alemã a
promover uma marca japonesa, cujo nome tem origem indiana. Isto é, nem mais,
nem menos, do que a globalização ao mais alto nível.
Se não me engano, e a memória não me falha, Anthony Giddens
definiu a globalização como um sistema de relações internacionais complexas,
por um lado, e como um sistema mundial de produção e comercialização de bens e
serviços sem reservas à escala mundial, por outro.
Mas acontece que os portugueses, com a descoberta do Brasil,
e com a viagem marítima para a Índia, foram pioneiros dessa mesma globalização.
Então, o que foi que nos aconteceu? Terá sido a mesma globalização madrasta do
nosso Portugalinho? Não teria sido mais justo que fosse Portugal a
apresentar-se ao lado da Alemanha a testar as performances técnicas de um
tablet japonês? Não teria sido mais cauteloso que Ângela Merkel se tivesse associado
a Portugal para se deixar fotografar a promover um produto português de
qualidade? Não teria sido até melhor se a nossa indústria tecnológica tivesse
dado à luz um tablet, sei lá, um Magalhães versão1.16? Onde falhamos, então? Mas, sobretudo, para onde temos de ir?
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