27 de janeiro de 2011

Os Empreendedores

(foto retirada Yahoo.com)

Porque repetida muitas vezes por múltiplos sectores da sociedade (empresários, centrais sindicais, poder político, estruturas religiosas, etc), dizer que vivemos uma situação social e económica conturbada pode parecer uma trivialidade sem alcance nenhum. Essas mesmas palavras encontraram eco em todas as formas de comunicação disponíveis: colunas de opinião, blogues, palestras, fóruns especializados, seminários, etc. Contudo, a situação conturbada por que passamos parece estar mal circunscrita à crise financeira e à debilidade económica, provada pelas inúmeras insolvências e o crescente desemprego.
        Vejamos para além dessas fronteiras.
        A dita crise, repetida até à exaustão, reflecte-se em a toda a dimensão social, e não pode ser controlada apenas com uma visão estreita da realidade.
        Teria o maior gosto que no meu país se medisse a crise para além da fronteira económica-financeira.
        Por exemplo, já devem ter reparado que o sector mais comummente aceite para o desenvolvimento de um país evoluído é a Educação, e que o mesmo tem sido sucessivamente privado de investimento útil e adequado! Já pensaram que o desinvestimento que se verifica na Escola portuguesa terá um impacto negativo no futuro de dezenas de milhar de alunos num futuro próximo? Já pensaram que cabe ao Estado, em primeiro lugar, a função de investir e desenvolver a Escola?
        O Estado deve promover um tecido escolar estável. Ao invés de desinvestir, o Estado deve procurar reequipar a Escola com recursos financeiros, técnicos, pedagógicos e científicos que produza vagas de criticismo e espírito científico que mais tarde estarão disponíveis para empreender projectos inovadores, que geram empregos sustentáveis, e estes desenvolvimento económico e progresso social.
        Não me arrogo de ter uma varinha mágica, ou de achar no direito de que estas ideias são mais pertinentes do que as dos técnicos mais habilitados (poder político inclusivê) definem. Mas, talvez, fosse profícuo parar um pouco para reflectir e até mesmo escutar algumas vozes relevantes que têm vindo a público defender uma Escola estável e com visão estratégica de futuro.
        Por muitas voltas que se dê às questões económicas, a cultura de empreendedorismo e de inovação que se prentede - e que contribuirá certamente para inverter a melancolia em que nos afundamos - passará sempre pelo desenvolvimento da Escola. Os alunos precisam, e atrevo-me a dizer que necessitam dela para traçarem os seus projectos e objectivos de vida!


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