12 de julho de 2011

Reboot Restart Reborn

E, sem darmos conta, o país vai progressivamente se habituando a viver em pleno com o acordo que assinamos com a Troika, tem um novo governo, um novo Primeiro-Ministro, novas medidas de austeridade, essas sim perceptíveis, o Sport Lisboa e Benfica tem quase um plantel novo, e a nossa esquerda mais esquerda (PCP + BE) não evoluíram de ontem para cá, e nós já não aguentamos estes dinossauros da política radical que persistem em olhar o mundo com uma certa arrogância e indiferença para o modo como os problemas e as soluções das pessoas realmente evoluem nos tempos em que vivemos.


Sobretudo, e em poucas palavras, o país vive o efeito do arejamento da novidade, da frescura. A escalada do novo Primeiro-Ministro não foi, como não será amanhã, como o sumo de uma laranja doce e sumarenta. Dificilmente se lembrarão sobre um novíssimo Primeiro-Ministro que tivesse, logo à sua entrada no governo, uma carga de trabalhos tão intensa e tão desestruturada, como Pedro Passos Coelho teve. Fruto da herança pesada dos outros.

José Pinto de Sousa, vulgo Sócrates, no governo durante longos períodos de tempo, em que experimentou toda a consorte de responsabilidades, de secretário de estado a ministro, de ministro a primeiro ministro com maioria, deste a primeiro ministro sem maioria, e deste a não ser mais primeiro ministro, deixou-nos virados do avesso e quase de mão estendida, quais pedintes em hora de ponta nos túneis de um metropolitano feio e sujo, vociferando “por favor Europa dê-nos umas moedinhas para vivermos no estado de desgraça socialista por mais uns momentos… “

Porém, já o disseram, a vida continua, e não podemos desculpar-nos com os erros de outros. Todos nós teremos responsabilidades no futuro. Todos nós teremos de ser melhor do que temos sido até hoje. Todos devem dar o melhor de Si para lutar contra interesses instalados em todos os domínios da área social e política. Todos podemos desenvolver uma verdadeira revolução ao contrário e contribuir para que o país não esteja condenado ao fracasso económico e produtivo em que nos trouxeram para aqui. Como diria o título do livro do Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, Portugal na Hora da Verdade. Essa hora é agora!

Como vamos viver um tempo em que confiança é um bem raro, talvez seja tempo de nos reeducarmos, de voltarmos a estudar, progredirmos, modernizarmo-nos, evoluirmos, pois desse modo restabelecemos a esperança de que as nossas vidas voltem a ser mais normais, e objectivamente contribuímos decisivamente para o nosso desenvolvimento. É que dizer que só se compra produto nacional não chega. Vai ser preciso mais.

It is time not only for a change, it is time for reboot!

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