1 de abril de 2011

Vistas curtas X vistas largas

    
Finalmente, como se nada tivesse já previsto, temos eleições à vista. É complexo dizer-se se o país económico precisava de um acto eleitoral agora. Mas o mesmo não se pode dizer do país político. É importante, será importante, uma clarificação do país político, de quem vai conduzir os nossos destinos, e de quem nos vai representar no parlamento nacional. Sou daqueles que acredita que o país não tinha nada a ganhar no médio e longo termo se continuasse com um governo que claramente se tem barricado nas trincheiras de um patriotismo pueril e de que agora é que vamos salvar a pátria dos diabos dos mercados. Ha dois anos atrás, talvez ainda acreditássemos, mas em 2011... Já vão tarde!
     Sem desejar entrar no queixume demagógico que isto está tudo mal, a verdade é que cada dia que passa, desde há já muito tempo, a situação social, económica e financeira, veia a degradar-se. Sobretudo a social, que é também aquela que leva mais tempo a evoluir e a desenvolver-se. Foram muitos anos de facilitismo social sem pedir nada em troca, como por exemplo o arranjo dos canteiros da freguesia, ou a limpeza da orla costeira, limpeza de matas, qualquer coisa que fosse útil à sociedade. Mas não foi apenas isso.
     Quer-nos parecer que qualquer coisa falhou na governação. Um falhanço irreversível e que já está a custar caro aos portugueses. Analisando diversas variantes e diversos indicadores, em Portugal paga-se impostos verdadeiramente bárbaros. E não é desde há um ano, ou dois, é de há muitos anos a esta parte. Ora, agora é preciso serenidade e esperança. O país não está perdido. Merece uma oportunidade. Merece uma mudança E desta vez espero que muito séria!
     Provavelmente alguns dirão de estas ideias são de vistas curtas. Talvez! Mas decerto que as ideias destes alguns não têm sido muito de vistas largas. Ou então é uma questão de perspectiva circunstancial.



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