5 de novembro de 2010

Ora Venha daí a Continha, sff


Carlos Moreno é juiz jubilado do Tribunal de Contas. Advogado de formação, tem um incontornável percurso ligado ao exercício público de auditoria e inspecção dos dinheiros do Estado, e foi também professor universitário no ISEG, na UAL e no ISEM. Consideremo-lo como um agente insuspeito.
O juiz Carlos Moreno escreveu o livro Como o Estado Gasta o Nosso Dinheiro, que mais não é um do que um relatório técnico detalhado e cientificamente rigoroso da forma inconsequente como o dinheiro de todos nós é usado em investimentos ruinosos.
Duas décadas de despesismo do sector público são analisadas à lupa, desde o ponto em que entregamos ao Estado o dinheiro dos nossos impostos, até à forma inaceitável e chocante com que o mesmo Estado gasta esse dinheiro por má gestão, por incúria, ou mesmo por incompetência.
São inúmeras as obras públicas que se eternizam no tempo e que normalmente têm custos acima dos previstos, as chamadas derrapagens (chocantes).
A lista de erros e de remendos é tão extensa que pareceria interminável. Um livro que poderia parecer um retrato negro e pessimista de um país à beira da bancarrota, a mais negra das ficções. Infelizmente, sabemo-lo, que não é assim!
Um livro que eu preferia nunca tivesse sido escrito. Ou melhor, que eu preferia que nunca tivesse havido o mínimo motivo para ter sido escrito.

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