9 de outubro de 2010

PAULO BENTO 1 - PORTUGAL 0, OU NÃO HÁ OUTRA ALMA ASSIM

A selecção nacional de Paulo Bento venceu a Dinamarca por 3-1. Foi duplamente positivo, porque há muito tempo que Paulo Bento estava fora dos convocados do futebol português, nem a selecção vencia tão convicentemente. Público, técnicos, futebolistas e dirigentes da Federação reencontraram-se na subida da montanha para o Europeu 2012, e juntos bebem espumante pacificamente e cantam um fado patriota, mas triste. Esses mesmos dirigentes que em Julho elogiaram publicamente o trabalho de Carlos Queirós; Esses mesmos dirigentes que foram a Madrid tentar contratar José Mourinho por 2 jogos; Esses mesmos que acabaram por contratar Paulo Bento. Como diria um famoso: somos tugas, e tugamente somos felizes. Mas o que esta sucessão de episódios infelizes me faz lembrar é típico de um país rocambolesco e um pouco atrasado na formação de mentalidades educadas e modernas. Ao contrário de nós, a Dinamarca, que até é um país estável social e economicamente, não sabe jogar à bola, não tem cidadãos chamados José Mourinho ou Cristiano Ronaldo, não tem jogadores com 1 metro e sessenta que fintam meio mundo e furam com as redes adversárias, e que depois dedicam as vitórias a todos os santos do altar da casa. Eles, os dinamarques, ao contrário, são loiros, altos, distantes, falam uma língua esquisita, com nomes como Olson's, Larson's, Anderson's, Tomasson's. Mas o que conta foi que vencemos os dinamarqueses, sem rodriguinhos e meias medidas. E por isso Paulo Bento vence o país por 1 bola a zero. Quem diria? É a crise.

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