7 de março de 2016

E, no entanto, gere-se

Claro que se todos fôssemos muito ricos a vida seria muito mais simples e mais confortável. Não nos preocuparíamos que os gastos de hoje não pudessem ter provisão amanhã. Ou que a conta do dentista não nos retirasse aquele pequeno fundo de maneio que serviria para um novo eletrodoméstico que tanta falta faz nas nossas casas.
Como milhões de pessoas por esse mundo fora, oriundas de uma pretensa classe média, que conheceu já dias mais prósperos, andamos a suportar os desiquilíbrios de uma economia débil e desajustada, e de um Estado comilão e improdutivo. E, no entanto, não somos nós, trabalhadores do setor privado, que mais nos queixamos.
Por isso, todos os dias somos convocados a gerir orçamentos magros e restritivos, e isso permite-nos obter experiências extraordinárias de responsabilidade e de boas práticas de gestão. Com grande sacrifícios.
Porque assim exigem os tempos!

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