26 de março de 2013

The Final Countdown, or not so?

 
 
 
Recuso-me a ser daqueles que apregoam por aí que a velha Europa morreu. Está velha, é verdade, apenas isso, e precisa renovar-se.
 
A Europa perdeu o comboio do futuro (tal como alguns europeus), perdeu a hegemonia sobre um mundo que se desenvolveu na penumbra. Os nostálgicos sonham que se volte às antigas fundações. Os mais afoitos quererão acelerar o processo do crescimento, sem interpretarem bem os novos mapas do desenvolvimento e das tendências económicas, geoestratégicas e territoriais. E o problema é que se reconhecemos que a Europa não se renova, isso significa dizer precisamente que são os próprios europeus que não se renovam, somos nós! Nós!
 
No entanto, a angústia que se abate sobre muitos países, sobretudo aqueles que se encontram sob assistência financeira, ao não transformarem as dificuldades que atravessam em forças para se erguerem e pensarem no futuro, vão ajudando lentamente ao descalabro do que resta. E ajudar a Europa é ser inteligente para se perceber que a Alemanha da senhora Merkel não ia continuar a ajudar a festa que os países do sul fizeram durante décadas à custa do capital dos países do norte. Não entender isto pode ser difícil, mas esforcemo-nos pelo menos.

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